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Pesquisa no sítio

Ultrapassar o estigma da saúde mental

Um Estudo Transversal que Examina as Percepções de Comportamentos Discriminatórios Experimentados e Testemunhados por Estudantes de Veterinária que Realizam Estudos Clínicos Extra-Muros

Uma investigação recente revelou que 29% dos inquiridos num inquérito a profissionais veterinários declararam ter sofrido discriminação auto-declarada nos seus locais de trabalho. Os colegas mais velhos e os clientes foram responsáveis por comportamentos discriminatórios. Como parte da sua formação, espera-se que os estudantes de medicina veterinária realizem estudos extra-muros (EMS) nesses mesmos locais de trabalho e são susceptíveis de serem vulneráveis à discriminação por parte de colegas mais velhos e clientes. Os objectivos deste estudo foram identificar e caraterizar o padrão de comportamentos discriminatórios percebidos (ou seja, a crença de ser tratado injustamente) com que os estudantes de veterinária se deparam enquanto vêem a prática e explorar as atitudes dos estudantes em relação à discriminação.

Por Summers, O.S.; Medcalf, R.; Hubbard, K.A.; McCarroll, C.S. sobre July 05, 2024

Métodos: Os estudantes das escolas de veterinária britânicas e irlandesas que realizaram algum SGA clínico preencheram um inquérito com perguntas fechadas e abertas, no âmbito de um estudo transversal. Foram recolhidos dados demográficos e experiências de discriminação, com pormenores sobre incidentes e relatórios, juntamente com as atitudes dos inquiridos. Os dados quantitativos foram analisados utilizando a análise do qui-quadrado de Pearson para analisar as caraterísticas dos inquiridos e as suas experiências de comportamentos discriminatórios e subsequente comunicação. A análise qualitativa de conteúdo foi utilizada para os dados das perguntas abertas.

Resultados: Dos 403 inquiridos, 36,0% tiveram comportamentos que consideraram discriminatórios. A forma mais frequente de discriminação foi baseada no género (38,0%), seguida da etnia (15,7%). Houve associações significativas entre a experiência de comportamentos discriminatórios dos inquiridos e as seguintes caraterísticas: idade(p = 0,0096), deficiência(p < 0,00001), raça/etnia(p < 0,0001), género/sexo(p = 0,018) e estatuto LGBTQ+(p = 0,001). Os veterinários supervisores foram os autores mais comuns de comportamentos discriminatórios (39,3%) em comparação com os clientes (36,4%). Apenas 13,9% dos inquiridos que sofreram discriminação relataram o(s) evento(s). Os inquiridos com deficiência foram os que menos concordaram com a afirmação de que os organismos profissionais estão a fazer o suficiente para combater a discriminação(p < 0,0001). A maioria dos inquiridos concordou que o sexismo continua a ser um problema (74,4%), mas os homens eram mais propensos a discordar(p = 0,004). A maioria dos inquiridos considera que a diversidade étnica deve ser aumentada (96,3%).

Debate: O comportamento discriminatório é um problema para os estudantes que vão à prática, especialmente aqueles com uma ou mais caraterísticas protegidas (tal como definido pela Lei da Igualdade do Reino Unido de 2010). Uma educação melhorada teria de incluir perspectivas de grupos minoritários para ajudar a eliminar o comportamento discriminatório da prática veterinária.

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